13/06/2009

verdadeiro circo de feras

Deixemos correr as palavras mais do que lágrimas escondidas ao canto da alma assombrada e que se assista à fuga da dor como a mais improvável festa de despedida de uma pessoa qualquer, apenas de passagem nas nossas vidas.Somos as feras libertas no palco deste circo e pedem-nos, entre palmas semi-cerradas, que saltemos o círculo de fogo em que o Tempo nos consome...lábios cerrados num beijo de sangue, selamos a eternidade dentro da paixão que nos obriga a ficar dentro de nós mesmos.Queremos os nomes lançados como sementes, dando a vida, continuamente, a novos entes, novas formas de existência que povoem os ecos vazios que teimamos em escutar para além de todas as evidências da nossa natural solidão.O relógio não pára mesmo que o tentemos parar com promessas...por isso, entre um segundo e outro...eu aqui, tu ali...