"Trausentes eternos por nós mesmos, não há paisagem senão o que somos. Nada possuímos, porque nem a nós possuímos. Nada temos porque nada somos. Que mãos estenderei para que universo? O universo não é meu: sou eu."
Bernardo Soares, in Livro do Desassossego
8 comentários:
Nem sei de qual deles gosto mais! Ultimamente Bernardo Soares anda a perseguir-me...
Se pensarmos que são todos o mesmo e o único...de tudo um pouco...ou um pouco de tudo...Bernardo Soares traz a inquietação ao âmago do nosso pensamento.
Cada um é o seu próprio universo, desde que não seja para se centrar unicamente no seu centro, não parece vir daí mal ao mundo... Porque existem outros universos, está claro!
Não distingo o Fernando Pessoa dos seus heterónimos, até porque em épocas revolucionárias e em constante alteração de programas, algumas (muitas?) lacunas acabaram por acontecer. Já não dividir os Lusíadas em orações, achei uma excelente ideia! :)
Boa foto, para ilustrar esta passagem...
Jinhos, Su!
teté: Ah pois...olha que eu sou mázinha...eu "obrigo" a irem às orações nos Lusíadas...eheheheheheh...
Pois é...cada um de nós carrega muito dentro de si, constituindo por isso uma fonte inesgotável de universo; universos particulares (lembrou-me um tema musical dos Crowded House: private universe...música bem linda!) que andam à deriva em valsa flutuante e gravítica, uns em torno dos outros.
Beijinhos grandes.
Nossa seu blog é bem bonito ... e eu amei as imagens que você posta nele.
O mundo já é bem grande para mim. Se eu pudesse conhecer ele mais um poucio já estava bom. =D
O universo de cada pessoa é algo a ser desvendado dependendo de quanto você se enterresa nele, pelo menos assim acredito.
See ya
Joker: Este aqui do Chá é meu, da muguet e da Lenita. Somos três vaijantes pelo mundo virtaul que decidiram assentar chávenas quentinhas e reconfortantes numa mesma sala, puxar de umas palavras e reunirmo-nos aqui sempre que podemos.
Todos os pormenores do Universo que existe dentro de cada um de nós torna esse mesmo Universo particular e único. especial. :)))
Que desassossego... prisioneiros de nós prórios, tudo aquilo a que podemos aceder, é a sombra do real... a parte boa é que assim conseguimos abraçar a Eternidade...
:-))
E somos nós tudo isso!!
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